quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Câmara deve votar Fator Previdenciário sob ameaça de veto



O projeto de lei que extingue o Fator Previdenciário deve ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (21/11), sob ameaça de veto do governo federal. O compromisso de colocar o projeto em votação foi assumido, nesta terça-feira (20/11) pelo presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) – depois que mais de seiscentos aposentados e dirigentes sindicais tomaram literalmente as dependências da Casa para exigir o fim desse critério de aposentadoria que já prejudicou milhões de trabalhadores.
A palavra de ordem dos sindicalistas é aumentar cada vez mais a pressão. Os sindicalistas da CUT (Central Única dos Trabalhadores), ausentes nas manifestações de hoje, prometem forte mobilização nesta quarta-feira. Os líderes de quatro partidos – PDT, PTB, PR e PSD – prometeram obstruir todas as votações, caso o projeto de extinção do Fator Previdenciário não entre na pauta desta quarta-feira.
“Vamos votar, vamos votar, vamos votar para o Fator acabar”, cantavam em coro os manifestantes pelos corredores da Casa, a caminho do Salão Negro, onde todos se reuniram para ouvir as lideranças. Os sindicalistas defendem a substituição do Fator Previdenciário pelo Fator 85/95 menos prejudicial aos trabalhadores. “O Fator 85/95 vai melhorar um pouco a vida de quem vai se aposentar”, afirmou o deputado Paulinho da Força (PDT-SP).
“O Fator Previdenciário é um monstro criado em 1999”, qualificou João Inocentini, presidente do Sindnapi. “Querem jogar todos nós para debaixo do viaduto, para morrer logo e não dar mais despesa”, ele acrescentou. E sentenciou: “Vamos enterrar o Fator Previdenciário para que ele não enterre a gente”.
No mesmo sentido, argumentaram os líderes do PTB, deputado Arnaldo Faria de Sá (SP), do PR, deputado Lincoln Portella (MG), e do PDT, deputado André Figueiredo.(CE). “Esta Casa só vota sob pressão”, afirmou Arnaldo Faria de Sá.
A expectativa é de que, se o projeto que enterra o Fator Previdenciário for aprovado, o governo deverá vetá-lo. A rigor, o governo federal, gostaria de empurrar a votação para o próximo ano, embora seja contrário a mudança sob a alegação de que ela prejudicará as contas da Previdência. “Eles tiram dinheiro da Previdência para dar a meia dúzia de empresários. É isso que eles estão fazendo”, finalizou João Inocentini.

fonte: Sindicato dos Aposentados

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