As Centrais Sindicais anunciaram que pretendem negociar com governo e empresários limites às demissões sem justa causa para reduzir os altos índices de rotatividade da mão de obra, que, em 2010, alcançaram absurdos 53,8%. Isto significa que, a cada 100 brasileiros, 53 trocaram de emprego naquele ano.
Do total, perto de 37% dos empregados foram demitidos, enquanto outros saíram por iniciativa própria. Uma parte menor foi transferida de local de trabalho e, outra, se aposentou. Independente do índice usado, trata-se de uma violência aplicada contra os trabalhadores, de acordo com a avaliação do movimento sindical.
Para combater as demissões, a Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central, CUT e CGBT redigiram um documento propondo a ratificação da Convenção 158 da OIT, qye impõe limite à demissão imotivada, divulgado em entrevista coletiva.
Os dirigentes também sugerem a redação de um projeto de lei para estabelecer uma contribuição adicional, a ser aplicada sobre as empresas cujo índice de rotatividade de trabalho superar o índice médio de rotatividade do setor. Esta contribuição irá servir para o financiamento do seguro-desemprego.
Estabilidade - O movimento sindical quer ainda negociar medidas capazes de dar maior estabilidade tanto para o trabalhador como para a empresa no planejamento dos investimentos de médio e longo prazos. Entre outros temas, sugerem a criação de um fundo financiado pelo repasse adicional de 10% na multa sobre o FGTS, organização por local de trabalho (OLT) e incentivo à redução da rotatividade.
fonte: Jornal da Força Sindical - outubro 2012.
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